Uso sustentável de energia
Telhado verde é alternativa para economizar eletricidade
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O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e membro da USE Márcio D’Avila adverte que determinar qual o melhor modelo de telhado a ser usado exige a análise de vários aspectos. “Estamos pesquisando diversas espécies de plantas”, conta. “É importante que elas resistam bem aos períodos de estiagem. As flores também são interessantes para atrair a fauna, como os insetos polinizadores (que aumentam a capacidade das plantas de se reproduzir com mais eficiência)”, diz, lembrando que o substrato (composição da terra), o nível de retenção da água da chuva e o peso que cada estrutura arquitetônica precisa suportar são outros itens a serem considerados.
Da telha para o telhado verde
Para mostrar quais os benefícios de substituir a telha comum pelo telhado verde, a Prefeitura Universitária, a Divisão de Obras, a FAU e o Museu de Ciências e Tecnologia (MCT) da PUCRS desenvolveram três protótipos, cada um deles com diferentes tipos de telhado: o verde, o de fibrocimento e o de zinco.
Segundo D’Avila, com o telhado verde, a temperatura interna da casa permaneceu mais constante. “A cobertura vegetal evita, por exemplo, o surgimento de ilhas de calor nos centros urbanos. Em dias quentes, geralmente evitamos permanecer em locais onde a superfície é composta por materiais que retêm o calor gerado pelos raios solares, como o asfalto, o concreto, entre outros. Já o telhado verde diminui essa retenção de calor”, compara.
Redução dos gastos de energia
Um dos objetivos do USE é reduzir os gastos com a energia elétrica no campus central da universidade. Para isso, o comitê responsável pelo projeto – formado pelas faculdades de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia, além da Prefeitura Universitária e da Divisão de Obras – verifica o consumo em todos os prédios. O diretor do MCT, professor Emilio Jeckel Neto, lembra que o telhado verde reduziu os gastos com o ar-condicionado, pela maior eficiência do equipamento em um ambiente com temperatura estável.
A pesquisa, iniciada em novembro do ano passado, envolve hoje um grande número de unidades acadêmicas. A previsão do comitê é que, nos próximos seis meses, as primeiras experiências com o telhado verde sejam estendidas a todos os prédios do campus.
site: www.biologo.com.br
Postado por: Silvane Albani
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