O controle desses ofídios, que não são nativos dos Estados Unidos, é muito difícil devido ao fato de se reproduzirem rapidamente em extensas áreas dos pântanos de Everglades.
Jibóias podem chegar a três metros e meio de comprimento; animal não possui veneno, mas mata suas presas por constrição
Não há ainda mecanismos de controle que pareçam adequados para erradir essas cobras que representam um grande risco para espécies nativas e ecossistemas nas regiões cálidas do sul dos Estados Unidos, segundo o estudo.
O cientista Gordon Rodda, da USGS e um dos autores do estudo, afirma que a maior parte dessas serpentes pode se adaptar a uma variedade de habitats e é bastante tolerante à vida nas áreas urbanas. Jiboias e pítons africanas, por exemplo, já vivem de maneira silvestre em áreas metropolitanas de Miami, acrescentou.
Segundo a Comissão de Conservação de Pesca e Vida Silvestre da Flórida (FWC), muitas das serpetentes eram mascotes que foram abandonadas por seus donos pelos mais variados motivos no Everglades, a imensa reserva natural de pântanos no extremo sul do Estado.
Os especialistas assinalam que se trata de um problema que provavelmente começou há 20 anos com o furacão Andrew (1992), que fez com que muitas serpentes escapassem de pet shops e serpentários.
O perigo que representam essas cobras é similar aos dos caimãns (jacarés) que habitam em grande número o Everglades e cidades do sul da Flórida.
Em julho passado, uma menina de dois anos morreu estrangulada por uma píton birmanesa de 3,60 metros numa casa do condado de Sumter, na Flórida.
FOTO: Roberto Assunção/Folha Imagem